PECADO 8 – ATREVEMO-NOS A OLHAR ALÉM DA HISTÓRIA
Quando demos o poder de volta a ti
“Sempre se fez assim!”
Quantas vezes ouvimos esta frase nos últimos dez anos? Centenas. Milhares, talvez.
“Olha que ninguém vai querer personalizar a sua peça!”
“Isso é muito moderno para Fátima!”
“As pessoas querem tradição, não inovação!”
Ouvimos tudo. E, durante alguns momentos, até duvidámos. Será que estávamos errados? Será que ninguém queria realmente ter voz activa na escolha das suas peças sagradas?
Mas algo em nós sabia: apesar de todas as vozes em sentido contrário, tínhamos de tentar.
O monólogo tinha de acabar
Durante séculos, a relação com objectos religiosos era unilateral. Alguém decidia como os santos deviam ser (sempre da mesma cor, sempre com a mesma expressão). Alguém decidia que materiais usar, que tamanhos produzir, que acabamentos ter.
E tu? Tu compravas o que existia. Ponto final.
Não havia conversa. Não havia escolha. Não havia espaço para a tua personalidade, para as tuas preferências, para aquilo que te fazia sentir verdadeiramente conectado.
Era um monólogo: “Este é o santo. Gostas ou não gostas. Mas é este.”
Nós decidimos transformar esse monólogo numa conversa.
Passar-te o poder de decidir
Quando começámos a oferecer personalização – cores, acabamentos, tamanhos – houve resistência. Do mercado, dos tradicionalistas, até de alguns clientes que estranhavam: “Mas eu é que escolho?”
Sim. Tu é que escolhes.
Queres um Santo António azul-bebé com acabamento mate? Podes ter.
Preferes uma Nossa Senhora de Fátima cor-de-rosa millennial com glitters? É tua.
Sonhas com um Santo António amarelo-mostarda em tamanho XXL? Fazemos.
Porque a tua fé é tua. A tua relação com o divino é única. Então porque é que todos deviam ter exactamente o mesmo santo, na mesma cor, no mesmo tamanho?
Não faz sentido. Nunca fez.
Além da história da Igreja, há a tua história
A Igreja tem a sua história. Uma história linda, rica, cheia de tradição e significado. E nós respeitamos isso profundamente.
Mas além da história da Igreja, há a tua história. A história de como chegaste à fé. A história dos momentos que te marcaram. A história do que cada santo significa especificamente para ti.
Um Santo António pode ser, para a Igreja, o santo casamenteiro. Mas para ti, pode ser o santo que te lembra da tua avó. Ou da promessa que fizeste naquele momento difícil. Ou simplesmente da cor que te acalma quando olhas para ele.
Essa história – a tua história – merece ser contada. E merece ser contada através de escolhas que são tuas, não de outra pessoa.
De espectador a criador
Houve uma mudança fundamental nestes dez anos: tu deixaste de ser espectador para seres co-criador.
Antes: “Compro o que existe.”
Agora: “Crio o que quero.”
Essa mudança é profunda. Porque quando participas activamente na criação do teu objecto sagrado, a tua relação com ele muda. Não é mais algo imposto. É algo escolhido. Não é mais genérico. É profundamente pessoal.
Cada decisão que tomas – a cor, o tamanho, o acabamento – é um acto de reflexão sobre o que te move, o que te inspira, o que precisas naquele momento da tua vida.
A coragem de desafiar o “sempre se fez assim”
Foi preciso coragem para fazer isto. Porque o “sempre se fez assim” é uma força poderosa. É seguro, é testado, é o caminho já trilhado.
Mas o caminho trilhado nem sempre é o caminho certo.
Às vezes é preciso alguém dizer: “E se fizéssemos diferente? E se déssemos às pessoas o poder de escolher? E se confiássemos que elas sabem o que precisam melhor do que nós?”
Foi assustador. Mas foi libertador.
E o resultado? Milhares de pessoas que criaram santos únicos. Que contam histórias únicas. Que têm significados únicos.
Pronta para ser contada
Em vez de um monólogo, criámos uma conversa.
Em vez de imposição, criámos escolha.
Em vez de genérico, criámos pessoal.
Porque para além da história da Igreja, há a história de cada um – a tua história – pronta para ser contada.
E agora, finalmente, tens as ferramentas para a contar. Com cor, com forma, com textura. Com a tua voz. Com as tuas escolhas.
A revolução silenciosa
Dez anos depois, percebemos que fizemos algo maior do que imaginávamos: mudámos a relação das pessoas com objectos sagrados. De passiva para activa. De aceitar para criar. De genérico para único.
Foi uma revolução silenciosa. Sem manifestos, sem declarações grandiosas. Apenas uma oportunidade: “Queres escolher?”
E tu disseste que sim.
Conta a tua história – cria a tua peça personalizada.
Treze – Uma década a pecar em cores.






